domingo, 17 de janeiro de 2010

HAITI, o vértice da história 1804-1808

Nossos Irmãos Haitianos.
"Os fundamentos de toda moral, a base de todos
governos poderão e deverão ser contestados? - Sim!".

Abade Raynal. "Difundido oralmente" pelos quatro cantos, era a única base intelecutal, oriunda do branco.
A História da Humanidade até 1804 era uma superfície plana, a 180o. em declividade, quem ali tropeçasse era empurrado pela lei da inérica para o abimo na outra ponta.
O formato social estava determinado numa classe que manda, numa classe que obedece; ou uma classe que mata e uma que morre. Entre o domínio e a morte situava-se a escravidão. A escravidão da pessoa negra: a morte físca, antes a morte moral. Peça urdida pelo Cristianismo, com tal cuidado, sob a premissa "de nunca ser questionada (1). Estava criado o Instituto do Incontestável para a escravidão fricana, que passa depois a ser a escravidão negra. Comparar, fazer qualquer referência entre a escravidão africana e a greco-romana, foi a forma (absurda) que o Cristianismo encontrou para justificar-se por séculos.

Napoleão Bonaparte: muitos sabem, com orgulho, alguma coisa a seu respeito;
Toussaint L'Ouventure, (Dominique Toussaint Bréda): poucos sabem dizer alguma coisa desse nome.

1804 - "A Revolução do Haiti. "Entre todas as numerosas
insurreições de escravos, ocorridas desde a Antiquidade clássica até os tempos modernos, somente uma foi vitoriosa: a insurreição dos escravos da colônia francesa de S. Domingos, 1791-1804". (2)
Assim, uma das populações misturadas da terra, a do Haiti, estabelece marco enorme na História. Constroe um plano a 90o. no
eixo da História, perpendicular rigorosa. Falta-nos determinar a equidistância

O lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", uma ação fora das armas, julgada capaz de alterar as concepções e práticas das ações do Estado Gerencial, na vida e na vivência entre as pessoas, não alcançou ao negro do Haiti, no que pesasse ser colônia francesa; muito menos alcançaria ao negro do Mundo.
Assim, em 1971, as rebeliões espalhadas do negro haitiano tomam forma de geurra revolucionária. Um escravo, negro, de 45 anos, Toussaint de L'Ouventure, conhece a afirmação proibida do Abade Raynal. Assume, paulatina e rapidamente a liderança do movimento haitiano pelo fim (definitivo) da escravidão. Já concedida e revogada, por algumas vezes, no bojo da Revolução Francesa.

1804 - Depois de ter-se feito cônsul vitalício em 1802, Napoleão e Josefina (3) se coroam Imperadores de França. Napoleão intima Pio VII a postar-se em sua homenagem.

1804 Jean Jacques DESSALINES é coroado Imperador do Haiti.
Napoleão foi derrotado, militarmente, na guerra.

Mercadores de Filadélfia presenteiam a Dessalines com a coroa imperial, trazida pelo navio comercial Connectituct;
Uma fragata inglesa traz-lhe o manto, presenteado pela realeza britânica. A carruagem, também vem de Londres, a bordo do Samson.
Napoleão está derrotado no campo diplomático.

Toussaint L'Ouventure ficou na estrada da guerra. Seus dois filhos, estudantes em Paris, são sequestrados por Napoleão, para atrai-lo. Toussaint recrudesce os combates, em intensidade e em localidades. Vitórias seguidas, não demovem a Bonaparte. Toussaint vai à França. Oferece-se pelos filhos. Por poucas horas lhe deixam visitar a família. É preso, interrogado. Humilhado. Em 24-08-1802 é feito prisioneiro, levado para o Forte-de-Joux,.
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