domingo, 14 de novembro de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010

SIMPLESMENTE EU, CLARICE LISPECTOR

por Kika Cirra

Aos 16 anos tive meu primeiro contato com a obra de Clarice Lispector: “A Paixão Segundo GH”, (escolhido ao acaso), marcou minha estréia nesse universo absolutamente misterioso e fascinante. Aí já se pode imaginar o que isso me causou ou, o modo como isso “atuou” (e atua) em mim. Em seguida vieram “Perto do Coração Selvagem”, “A Hora da Estrela”, ”O Lustre”… exatamente assim, nessa ordem e desde então essa tem sido minha identificação.

É bem por isso que meu”encontro” com Clarice Lispector no teatro teve algo de revelador. Em cartaz desde julho deste ano, e excursionando por diversas cidades brasileiras a peça “Simplesmente Eu, Clarice Lispector” traz Beth Goulart como protagonista. A atriz encena o monólogo de modo encantador, fascinante e irrepreensível, falando sobre vida, morte, cotidiano, entrega, palavra, silêncio, solidão e Deus[bb]. Deste modo vai nos permitindo mergulhar profundamente no universo de Clarice Lispector, através de personagens de romances como “Uma Aprendizagem” ou “O Livro dos Prazeres”, “Perto do Coração Selvagem”, além de depoimentos e contos como “Amor e Perdoando Deus”.

Beth Goulart interpreta a escrita Clarice Lispector no teatro - Crédito: Reprodução da peça
Beth Goulart interpreta a escrita Clarice Lispector no teatro – Crédito: Reprodução da peça

Beth conta que o espetáculo[bb] foi extraido de entrevistas, depoimentos, trechos de livros e correspondências de Clarice Lispetor. Além de estrelar o monólogo Beth também dirige o espetáculo, sob a supervisão de Amir Haddad, produção de Pierina Morais e figurino de Beth Filipeck. O cenário (de extremo bom gosto) composto por uma cortina de fitas brancas, cadeiras e uma mesinha com máquina de escrever é de Ronald Teixeira e Leobruno Gama com iluminaçao de Maneco Quinderé. O público de São Paulo poderá conferir o espetáculo apartir de abril de 2010.

Simplesmente imperdivel!!!

Fascinante Clarice Lispector…Fascinante Beth Goulart!

Imagem da escritora Clarice Lispector - Crédito: Reprodução
Imagem da escritora Clarice Lispector – Crédito: Reprodução


créditos de: http://www.blogdacomunicacao.com.br/simplesmente-eu-clarice-lispector/

domingo, 17 de janeiro de 2010

HAITI, o vértice da história 1804-1808

Nossos Irmãos Haitianos.
"Os fundamentos de toda moral, a base de todos
governos poderão e deverão ser contestados? - Sim!".

Abade Raynal. "Difundido oralmente" pelos quatro cantos, era a única base intelecutal, oriunda do branco.
A História da Humanidade até 1804 era uma superfície plana, a 180o. em declividade, quem ali tropeçasse era empurrado pela lei da inérica para o abimo na outra ponta.
O formato social estava determinado numa classe que manda, numa classe que obedece; ou uma classe que mata e uma que morre. Entre o domínio e a morte situava-se a escravidão. A escravidão da pessoa negra: a morte físca, antes a morte moral. Peça urdida pelo Cristianismo, com tal cuidado, sob a premissa "de nunca ser questionada (1). Estava criado o Instituto do Incontestável para a escravidão fricana, que passa depois a ser a escravidão negra. Comparar, fazer qualquer referência entre a escravidão africana e a greco-romana, foi a forma (absurda) que o Cristianismo encontrou para justificar-se por séculos.

Napoleão Bonaparte: muitos sabem, com orgulho, alguma coisa a seu respeito;
Toussaint L'Ouventure, (Dominique Toussaint Bréda): poucos sabem dizer alguma coisa desse nome.

1804 - "A Revolução do Haiti. "Entre todas as numerosas
insurreições de escravos, ocorridas desde a Antiquidade clássica até os tempos modernos, somente uma foi vitoriosa: a insurreição dos escravos da colônia francesa de S. Domingos, 1791-1804". (2)
Assim, uma das populações misturadas da terra, a do Haiti, estabelece marco enorme na História. Constroe um plano a 90o. no
eixo da História, perpendicular rigorosa. Falta-nos determinar a equidistância

O lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", uma ação fora das armas, julgada capaz de alterar as concepções e práticas das ações do Estado Gerencial, na vida e na vivência entre as pessoas, não alcançou ao negro do Haiti, no que pesasse ser colônia francesa; muito menos alcançaria ao negro do Mundo.
Assim, em 1971, as rebeliões espalhadas do negro haitiano tomam forma de geurra revolucionária. Um escravo, negro, de 45 anos, Toussaint de L'Ouventure, conhece a afirmação proibida do Abade Raynal. Assume, paulatina e rapidamente a liderança do movimento haitiano pelo fim (definitivo) da escravidão. Já concedida e revogada, por algumas vezes, no bojo da Revolução Francesa.

1804 - Depois de ter-se feito cônsul vitalício em 1802, Napoleão e Josefina (3) se coroam Imperadores de França. Napoleão intima Pio VII a postar-se em sua homenagem.

1804 Jean Jacques DESSALINES é coroado Imperador do Haiti.
Napoleão foi derrotado, militarmente, na guerra.

Mercadores de Filadélfia presenteiam a Dessalines com a coroa imperial, trazida pelo navio comercial Connectituct;
Uma fragata inglesa traz-lhe o manto, presenteado pela realeza britânica. A carruagem, também vem de Londres, a bordo do Samson.
Napoleão está derrotado no campo diplomático.

Toussaint L'Ouventure ficou na estrada da guerra. Seus dois filhos, estudantes em Paris, são sequestrados por Napoleão, para atrai-lo. Toussaint recrudesce os combates, em intensidade e em localidades. Vitórias seguidas, não demovem a Bonaparte. Toussaint vai à França. Oferece-se pelos filhos. Por poucas horas lhe deixam visitar a família. É preso, interrogado. Humilhado. Em 24-08-1802 é feito prisioneiro, levado para o Forte-de-Joux,.
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